domingo, 25 de agosto de 2013

Abrindo um no-break

Tenho um par de no-breaks (UPS) que comprei por um preço relativamente baixo há alguns anos. Hoje, ambos não seguram a alimentação em uma eventual queda de tensão, provavelmente porque as baterias tornaram-se inoperante.


Não vou divulgar nomes nem marcas de equipamentos atuais de empresas ainda em operação, para não dar margens a problemas legais. A foto acima, por exemplo, teve a marca desfigurada. Prefiro não correr riscos.

A abertura da caixa é fácil, basta retirar 4 parafusos. A tampa contém o push-buttom de liga-desliga do aparelho. Na parte de baixo ficam evidentes a bateria e o transformador que são os componentes mais volumosos e pesados. 


A bateria é do tipo chumbo-ácido selado. Não sei se é fácil de encontrar um novo e se compensa fazer a sua substituição. Quero só ver onde em Curitiba vou poder fazer a devida disposição deste trambolho componente.


Com a bateria removida, fica mais fácil visualizar as demais partes do no-break. O transformador, pelo seu peso e pelo diâmetro do fio de cobre do enrolamento, dá uma impressão de ser de boa qualidade. À sua frente, pode-se ver a placa com o  circuito eletrônico.


Na parte traseira da caixa pode-se ver as tomadas para os equipamentos a serem alimentados (são 6 tomadas no total). Uma coisa que não me agradou muito é que são dois conjuntos de tomadas triplas, em que cada conjunto tem os contatos feitos de lâminas de metal. Seria preferível que fossem empregadas tomadas individuais, mas evidentemente isso encareceria o aparelho.

A placa de circuito impresso é de dupla face e com grande densidade de componentes, graças à tecnologia SMT.


O sistema é microprocessado, como se vê pelo circuito integrado de maior dimensão que é um microcontrolador. Os outros circuitos integrados são um driver com transistores Darlington, um quarteto de amplificadores operacionais e um regulador ajustável de tensão. Há ainda dois MOSFETs de potência ligados diretamente ao polos da bateria.

Três relês eletromecânicos estão presentes, certamente alguns são para garantir a função de estabilizador de tensão. Não está claro se algum relê se responsabiliza por chavear o inversor de tensão na falta de tensão de rede, ou se esta função é desempenhada pelos MOSFETs.

A proteção contra surtos é dada apenas por um único varistor e por dois capacitores. Não é uma proteção que inspira grande confiança.

Não sei bem o que farei com os no-breaks. Do jeito que está, não é nada mais do que um estabilizador de tensão. Por outro lado, mesmo que seja economicamente viável substituir as baterias exauridas, não sei se quero ligar os meus computadores em tais aparelhos. No caso de falta de energia da rede, o inversor não fornece uma onda senoidal, mas uma simulação com base em ondas quadradas (onda "semi-senoidal"). Não estou muito certo de que efeito que esta diferença no formato das ondas teria sobre a fonte chaveada de um PC, mas dá um certo receio de que ocorra sobrecargas ou até danos aos componentes.

Um comentário:

  1. Tem como me passar o valor desse varistor? tenho um nobreak desse e ele fritou apos um surto na rede eletrica e nao consigo identificar o componente.

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