O autor se pergunta porque alguém continua a produzir suas próprias placas de circuito impresso, se hoje é possível encomendá-las a baixo custo em empresas sediadas na Ásia (a situação não é bem assim aqui no Brasil, ainda mais com o dólar tão alto...). Prosseguindo, afirma que a pior parte deste trabalho é a furação das placas, que requer alinhamento perfeito, em especial para circuitos integrados. A segunda pior seriam os produtos químicos, em especial o cloreto férrico (conhecido no Brasil pelo nome quimicamente errôneo "percloreto de ferro") que mancha tudo em volta. No fim, relativiza um pouco, dizendo que ele não pretende mandar como cada um deve proceder, afinal há pessoas com meta de aprender e entender o processo de confecção de PCI. Porém se a meta for construir um protótipo, o autor recomenda que se busque uma empresa que produza placas.
O artigo causou variadas reações, mas a maior parte dos comentários foi negativo. Aparentemente os leitores preferem o jeito antigo de fazer as coisas.
Respeito as considerações do autor, mas minha resposta para a pergunta "por que você continua fazendo suas PCI?" é: "porque eu quero e eu posso". Raramente faço uma placa, na verdade são raros os momentos que boto a mão na massa em eletrônica. Mas quando tenho vontade e, tendo os recursos necessários, posso perfeitamente fazê-lo. Por que não?
Sendo franco, não entendi muito bem o propósito do artigo, afinal ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo quando se trata de hobby. Por mim, projetar e confeccionar uma PCI traz bastante satisfação, ao testemunhar desde o nascimento de uma ideia até sua materialização final. Entretanto há ocasiões em que fica muito melhor ter placas feitas de forma profissional, como é o caso dos inúmeros projetos de meus amigos apresentados aqui no Cantinho do TK90X. Para prototipagem rápida, matriz de contados ou placas padrões de circuito impresso dão conta. Existem opções como wire wrap, montagem aranha, conectores parafusados ("Sindal") ou desenhar circuito em papel com caneta de tinta condutiva. Também é possível projetar um circuito, fazer simulação em software e nunca construir um protótipo; tem gente que se satisfaz só com a concepção. Assim, há várias formas de se divertir e não é obrigatório seguir sempre o mesmo modus operandis. A propósito, não acho a furação de placas um fim de mundo, nem tenho horror ao cloreto férrico.
Não era propriamente um pergunta que foi feita no artigo, mas uma anti-pergunta, pois fica a suposição de não haver uma boa justificativa para alguém continuar fazendo suas próprias placas. Teria sido mais honesto se o título fosse "o porquê de eu não fazer mais as minhas PCI", já que o autor deixou claro que nunca gostou de fazer isso.
Eu não sou contra as pessoas manifestarem sua opinião, ao contrário, acho positivo as pessoas escreverem e divulgarem artigos. Só lamento que o texto em questão diga para deixar de fazer uma coisa por haver uma opção mais fácil (comprar), ao invés de incentivar ou ensinar a realizá-la. Não sou extremista em defender que tudo quanto projeto tenha que ser feito na unha, mas se tem pessoas que preferem fazer assim, elas jamais deveriam ser desincentivadas.
Eu acho que esse pessoal do Slashdot não tem muito que fazer... :-\
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