quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Método analítico para testar fitas antigas

Uma quantidade impressionante de dados foram armazenados em fitas magnéticas em diversos formatos, como as fitas cassetes empregadas no TK90X para gravar jogos.


Slashdot aponta para este artigo que afirma que, cedo ou tarde, tais mídias acabam se tornando ilegíveis por causa da degradação do poliéster-uretano que faz parte de sua composição. Na presença da umidade e calor, o éster acaba se revertendo a ácido carboxílico e álcool, tornando a fita pegajosa. Colocar uma fita dessa no gravador fatalmente destrói a fita e o equipamento. Para reverter esta reação, pode-se aquecer o material moderadamente e assim a fita se torna adequada para ser lida por um curto período de tempo, suficiente para a sua digitalização.

Uma pesquisa propõe a utilização de uma técnica não invasiva, baseada na espectroscopia na região de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). Esta técnica é capaz de detectar sinais característicos dos produtos de decomposição do poliéster-uretano e, assim, apontar quais fitas necessitam de tratamento térmico. Pode-se questionar porque não submeter todas as fitas a serem digitalizadas ao aquecimento, porém com a quantidade enorme de fitas preservadas em museus e outras instituições (46 milhões de fitas somente nos Estados Unidos), fazer tal tratamento torna-se proibitivo.

Graças à comunidade, uma parte muito grande das fitas produzidas para o ZX Spectrum já se encontra digitalizada, porém isso não é verdade para todas as linhas de computadores. Assim, as pesquisas como a apontada no artigo permite dar um pouco mais de tempo para os trabalhos de recuperação e digitalização dos dados que, dentro de algumas décadas, tornar-se-ão ilegíveis.

2 comentários:

  1. Engraçado, era comum a "molecada" ameaçar colocar o cassete no congelador para danificá-lo.
    Sempre achei que fosse "crendice popular". Será que seria o inverso de aquece-lo?

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    1. Não sabia dessa. Mas não acredito que promova a reação inversa.

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