domingo, 22 de abril de 2012

Interface de drive para TK90X

Os usuários do TK90X tiveram como principal forma de armazenamento as fitas cassetes, com todas as suas limitações. A Microdigital não produziu as famosas Microdrives da Sinclair, o que praticamente impedia o acesso a esta mídia para o consumidor brasileiro. Felizmente, no final da década de 1980 para o início de 1990, os acionadores (drive) de disquetes começaram a se tornar acessíveis ao público doméstico. Na época, o formato mais acessível e comum era de discos de 5¼ polegadas, com capacidade de 360 KB na versão de face dupla.  Porém atualmente os hobbystas têm preferido usar discos de 3½ polegadas, mais robustos e confiáveis.

Visão interna de um acionador de disquetes de 5¼ polegadas (fonte Wikipédia)


Disquete de 3½ polegadas (fonte: Wikipédia)

Como consequência, várias empresas pequenas, algumas de fundo de quintal, começaram a produzir interfaces para drives e preencheram a lacuna deixada pela Microdigital. Todas as interfaces produzidas no país são cópias adaptadas da Beta Disk Interface da Technology Research. A versão clonada era a 4.0, que é conhecida informalmente como Beta 48 para diferenciá-la dos modelos posteriores (Beta 128) muito copiados nos países do leste europeu.
Os clones nacionais mais conhecidos são as interfaces CAS (da Cheyenne Advanced Systems), CBI-95 (do Centro Brasileiro de Informática) e IDS (da Synchron). Este último pode ser encontrado com mais facilidade graças ao Jorge Braga da Synchron, que ajudou a comunidade de fãs a produzirem lotes de interfaces em 2003. Em 2010 foram produzidos mais interfaces IDS pelos usuários, sob a liderança de Victor Trucco

A interface que possuo é a IDS-91, adquirida em 1991. Fui buscá-la na residência do próprio Braga, no bairro Santana em São Paulo. Recentemente tive que consertá-la, mas tem funcionado bem desde então.


Minha IDS-91, com mod.

Disquete é uma tecnologia ultrapassada, existem alternativas melhores como carregar arquivos de um CD, MP3 ou  da saída de som de PC/notebook com o OTLA, de um disco rígido ou cartão de memória com o DivIDE, ou até de um emulador de drive. Por que então usar justamente o disquete?

Em questão de nostalgia, certamente o gravador cassete viria em primeiro lugar. Entretanto eu não possuo mais tal equipamento. Usar MP3 ou coisas parecidas não é a mesma coisa que mexer com as fitas cassetes reais. Entretanto, apesar de ter usado mais fitas do que disquetes, devo concordar que é bastante desconfortável trabalhar com elas.

O saudosismo também vem à tona quando uso minha interface de drive. Pegar um disquete da caixa, formatar, gravar e carregar programas... faz me lembrar o início de 1990. Como meu foco não é como jogador do TK90X, mas mais de experimentador e fuçador, não me incomoda tanto usar esta tecnologia antiga.

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